quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

E se a escola fosse redonda para todos?


Neste último “post” do ano farei apenas a citação de uma frase retirada da entrevista cedida pelo senador Cristovam Buarque a rádio Globo-Joinville que pode ser conferida na íntegra neste link: http://www.radioglobojoinville.com.br/home/ouvir_noticias.asp?id=143
O nobre senador Cristovam disse: “Precisamos fazer com a educação brasileira o que foi feito com o futebol brasileiro. Porquê que nossos craques de futebol são filhos de pobres e nossos intelectuais são filhos da classe média e alta? Ora, por quê, a bola é redonda para todos e a escola é redonda para alguns e quadrada para outros...”

Assim como ele eu acredito que a educação de qualidade para TODOS é a maneira mais eficaz de gerar o desenvolvimento desta nação.

Deixo também a mensagem de um grande líder, Nelson Mandela:
“Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível? Na verdade quem é você para não ser tudo isso?”

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Aquele menino...


O jovem senta ao meu lado no ônibus e diz:“Daê”...tudo certo?...

Logo me lembrei de quem se tratava, era um menino que conheci enquanto fazia meu estágio em uma escola pública, ele me contava que agora tinha conseguido um estágio num banco e que estava um pouco triste, devido ao assassinato de uns conhecidos há alguns dias atrás. Fato triste este não?

Jovens sendo mortos e mutilados, infâncias sendo roubadas, famílias que ficam abaladas e desestruturadas, futuros desperdiçados. E qual será o motivo desta violência gratuita que atinge muitas vezes até quem acha que nada com ela têm a ver.

Insisto em dizer que a culpa não tem apenas um só dono. Afinal a juventude burra e tola, que dá os “peguinhas” e os ”tecos” de vez em quando, não é apenas culpada, como é também co-responsável pela chacina diária que ocorre no Brasil em virtude do comércio de drogas, do tráfico.

E as estáticas são mais tristes ainda ao mostrar qual o perfil do jovem morto pelo “movimento” ,em sua maioria são jovens negros entre 18 e 25 anos os que mais morrem pela violência gerada pelo tráfico, que no meu ponto de vista só existe em virtude da ausência de consciência daquele que paga para fazer uso de drogas e da inexistência de uma política pública eficaz que encare o tráfico como inimigo número um do Estado.

Mas aquele rapaz citado lá em cima ainda tem uma esperança, dizia ele: “Pô negão”, tu precisa ver a quantidade de moleque que manda bem no futebol e na dança lá em cima...mas ninguém vem aqui, monta um projeto bacana, ninguém se preocupa em falar a nossa língua...nesta última eleição até teve um candidato daqui, mas só soubemos que ele era daqui quando ele falou o nome da comunidade na T.V.

Vi no comentário do menino uma vontade de gerar mudança, de propor a sua comunidade uma nova chance, ou talvez a primeira. Mas quando cheguei em casa vi na T.V que o senado votou e aprovou uma PEC que prevê o aumento no número de vereadores. Logo pensei de maneira dualista, pode-se aumentar a representatividade dos segmentos sociais nos legislativos municipais como também pode ser mais uma maneira de ampliar o atendimento á interesses alheios ao bem comum.

A emissora até que tentou apresentar a notícia com um tom de imparcialidade, o repórter incrédulo lançou a notícia e chamou até o relator do processo para uma entrevista ao vivo, este só faltou jurar de pés juntos que o repasse as câmaras de vereadores não seria aumentado, ou seja, o aumento do número de vereadores não traria ônus aos cofres públicos.

Bom, eu mais incrédulo que o próprio repórter, duvido que realmente não trague ônus, a não ser que alguém ali consiga repetir o feito da multiplicação do pão.